Eu preciso me desculpar com os marinheiros de plantão. Quando resolvi escrever sobre a viagem eu estava certo que o que seria mais útil para as pessoas seriam as informações náuticas e técnicas, tais como waypoints, rumos, tempos de navegação, previsões meteorológicas, etc.
Isso é um mundo que cada comandante tem a obrigação de trilhar. Eu acho que a coisa mais importante realmente é fazer a viagem. As dificuldades aparecerão. As pessoas no mar se ajudam. Mas a única forma de entender isso é viajando.
Durante a viagem descobrimos lugares maravilhosos, pessoas maravilhosas e outras nem tanto, culturas interessantes, idiomas e sotaques diferentes, costumes completamente distintos dos nossos. Fica aqui uma confissão: Sinto-me um ignorante porque a quantidade de coisas que eu desconheço é muiiiiito maior que a quantidade de coisas que eu já conheci. Eu posso dizer do alto de toda a minha experiência que eu nada sei. Isso me lembra Sócrates que eu sempre respeitei.
Mas nada de filosofia. A viagem continua e eu achei que já era hora de atualizar o mapa de navegação, então vai abaixo nosso trajeto
As águas estão perigosamente tépidas, os ventos começam a mudar. A hora de sair está muito próxima
Os sonhos são feitos do mesmo material que os loucos, a vontade é feita de vento e o resto é feito de areia
WWW.SOTAVENTO.COM.BR
Bem-vindo a nossa casa.
Aqui contamos histórias sobre nossas peripécias dando a volta ao mundo em nosso veleiro. Nós somos: Fabio, Miriam, Caio, Rafael e Cacau e não sabemos onde vamos parar, só sabemos que vamos "Para onde o vento vai".
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Homenagem a Tiradentes e ao povo mais sangue de barata que já vi em minha vida
Sangue de barata !!!
Neste dia 21 precisamos lembrar de fatos históricos. Então um amigo (Obrigado Augustinho) me passou um email e eu resolvi compartilhar.
Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e inepta era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final do ano de 2010 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção
E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!!!!!!
Só uma conclusão é possível: TODOS OS BRASILEIROS ATUALMENTE TÊM SANGUE DE BARATA NAS VEIAS !!! QUE VERGONHA.
O que eu estou fazendo a respeito disso: Pouca coisa: Junto com alguns amigos estou colocando a boca no trombone. É suficiente, não, mas eu resolvi também velejar ao redor do mundo em meu veleiro com minha família.
Quero então compartilhar uma realidade. Até agora foram mais de 10 países visitados e o lugar mais caro do mundo continua sendo o Brasil. Alguns podem falar: Mas que absurdo.
Eu digo que pagar R$ 0,01 que seja para não ter qualquer tipo de contra-prestação por parte do poder público é muito caro. Alguns podem alegar que na Suécia ou na Finlândia se paga mais imposto, será mesmo necessário qualquer comentário ? Outros podem falar que em todos os países desenvolvidos os impostos são altos... Outra vez é eu me pego pensando: Será realmente necessário comentar estas afirmações ?
Só sei que a sensação de indignação é cada vez maior... Fico com nojo da política brasileira. Fico com nojo dos políticos brasileiros, fico com nojo do governo brasileiro, fico com nojo do estado brasileiro. Agora estou decidindo se ficarei enojado com o povo brasileiro...
Se nada fizermos, então não me sobra outra opção a não ser sentir-me enojado com o sangue de barata que roda nas veias do povo que não merece outra coisa senão o que está acontecendo.
Façam algo e façam logo. Eu quero acreditar !!!
As águas estão mais tépidas, os ventos estão mudando. A hora da travessia se aproxima rapidamente.
Neste dia 21 precisamos lembrar de fatos históricos. Então um amigo (Obrigado Augustinho) me passou um email e eu resolvi compartilhar.
Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e inepta era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final do ano de 2010 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção
E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!!!!!!
Só uma conclusão é possível: TODOS OS BRASILEIROS ATUALMENTE TÊM SANGUE DE BARATA NAS VEIAS !!! QUE VERGONHA.
O que eu estou fazendo a respeito disso: Pouca coisa: Junto com alguns amigos estou colocando a boca no trombone. É suficiente, não, mas eu resolvi também velejar ao redor do mundo em meu veleiro com minha família.
Quero então compartilhar uma realidade. Até agora foram mais de 10 países visitados e o lugar mais caro do mundo continua sendo o Brasil. Alguns podem falar: Mas que absurdo.
Eu digo que pagar R$ 0,01 que seja para não ter qualquer tipo de contra-prestação por parte do poder público é muito caro. Alguns podem alegar que na Suécia ou na Finlândia se paga mais imposto, será mesmo necessário qualquer comentário ? Outros podem falar que em todos os países desenvolvidos os impostos são altos... Outra vez é eu me pego pensando: Será realmente necessário comentar estas afirmações ?
Só sei que a sensação de indignação é cada vez maior... Fico com nojo da política brasileira. Fico com nojo dos políticos brasileiros, fico com nojo do governo brasileiro, fico com nojo do estado brasileiro. Agora estou decidindo se ficarei enojado com o povo brasileiro...
Se nada fizermos, então não me sobra outra opção a não ser sentir-me enojado com o sangue de barata que roda nas veias do povo que não merece outra coisa senão o que está acontecendo.
Façam algo e façam logo. Eu quero acreditar !!!
As águas estão mais tépidas, os ventos estão mudando. A hora da travessia se aproxima rapidamente.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Um pouco de filosofia
Pessoal
A gente que vive velejando por ai acaba por aprofundar as relações com o meio ambiente e superficializar as relações com as pessoas. Muitos vem e vão em poucas semanas, alguns em poucos dias. Outros permanecem mais tempo. As relações no mar são mais interessantes que as relações em terra. O que une as pessoas do mar não é o interesse, mas a afinidade. Todos gostamos do mar. Todos estamos ligados pelo mar. Gostamos da liberdade. Isso tem um preço a pagar.
As vezes achamos que tudo gira em torno de nossas vidas ou nossas realidades. Muito longe de ser verdade o que percebo é que as coisas acontecem e pronto. Simples assim. A impressão que as coisas acontecem para você é errada. Esse é parte do preço a pagar de viver uma vida mais simples, com um pouco mais de humildade, especialmente quando se percebe o quão somos pequenos. Meu Deus !!! Teu mar é tão vasto e meu barco é tão pequeno...
Só algumas coisas realmente parecem imutáveis. Se você veleja com a família as relações familiares são muito afetadas. Na maioria das vezes de maneira muito positiva. Deitar no convés numa terça-feira a noite com seus filhos, olhar para o céu, contar estrelas cadentes e fazer desejos. Compartilhar tempo e esperança. Isso não tem preço.
Tem outras horas que me vejo pensando: Qual dos dois filhos eu vou jogar no mar, principalmente depois de alguns dias de navegação em mar aberto...
E as relações com a Almiranta. Essas são tão profundamente afetadas que cabe uma enciclopédia inteira só para discutí-las. No Flyer eu sou o Comandante. A Miriam é só a Mandante... Isso dá uma certa dimensão as coisas.
Mas ontem eu ri de verdade. Eu conheci o Mario via skype e ele me colocou diante da verdade universal para todo homem do mar (segundo ele). Ele é casado com a Paula e moram no veleiro deles que atualmente está no Caribe.
Ele me deu um lampejo de filosofia após muitas rizadas, ele falou: Eu sou o capitão do meu barco e mando em tudo. A Paula só manda em mim !!!
E as águas estão ficando tépidas. A hora de atravessar se aproxima !!!
A gente que vive velejando por ai acaba por aprofundar as relações com o meio ambiente e superficializar as relações com as pessoas. Muitos vem e vão em poucas semanas, alguns em poucos dias. Outros permanecem mais tempo. As relações no mar são mais interessantes que as relações em terra. O que une as pessoas do mar não é o interesse, mas a afinidade. Todos gostamos do mar. Todos estamos ligados pelo mar. Gostamos da liberdade. Isso tem um preço a pagar.
As vezes achamos que tudo gira em torno de nossas vidas ou nossas realidades. Muito longe de ser verdade o que percebo é que as coisas acontecem e pronto. Simples assim. A impressão que as coisas acontecem para você é errada. Esse é parte do preço a pagar de viver uma vida mais simples, com um pouco mais de humildade, especialmente quando se percebe o quão somos pequenos. Meu Deus !!! Teu mar é tão vasto e meu barco é tão pequeno...
Só algumas coisas realmente parecem imutáveis. Se você veleja com a família as relações familiares são muito afetadas. Na maioria das vezes de maneira muito positiva. Deitar no convés numa terça-feira a noite com seus filhos, olhar para o céu, contar estrelas cadentes e fazer desejos. Compartilhar tempo e esperança. Isso não tem preço.
Tem outras horas que me vejo pensando: Qual dos dois filhos eu vou jogar no mar, principalmente depois de alguns dias de navegação em mar aberto...
E as relações com a Almiranta. Essas são tão profundamente afetadas que cabe uma enciclopédia inteira só para discutí-las. No Flyer eu sou o Comandante. A Miriam é só a Mandante... Isso dá uma certa dimensão as coisas.
Mas ontem eu ri de verdade. Eu conheci o Mario via skype e ele me colocou diante da verdade universal para todo homem do mar (segundo ele). Ele é casado com a Paula e moram no veleiro deles que atualmente está no Caribe.
Ele me deu um lampejo de filosofia após muitas rizadas, ele falou: Eu sou o capitão do meu barco e mando em tudo. A Paula só manda em mim !!!
E as águas estão ficando tépidas. A hora de atravessar se aproxima !!!
quinta-feira, 7 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
Eu não estou no Caribe, mas as fotos !!!
Algumas fotos que a Miriam mandou eu coloquei abaixo. Assim não sou somente eu que fico babando...
É de babar !!!
Preciso lembrar que o Flyer cabe na área de bagagem destes dois veleirinhos ...
Veleiro Falcão Maltes
Veleiro Mirabella
É de babar !!!
Preciso lembrar que o Flyer cabe na área de bagagem destes dois veleirinhos ...
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